É NATAL

Embora não nos possamos esquecer da crise na saúde que se alastra por toda a parte, o Natal chegou e com ele a alegria, a saudade e o amor.


Alegria porque nós católicos celebramos o nascimento de Jesus, com a ternura e o encantamento do Presépio, os ensinamentos da Igreja, a mensagem do Deus que se fez Homem, de um lado, para se cumprir as profecias da Sagrada Escritura e, do outro, para salvar o mundo e dar uma dimensão existencial à própria eternidade.


Tem outro sentido e agrada à natureza humana olhar a imagem do Menino deitado sobre as palhas douradas da gruta de Belém; ouvir a música e o cântico das Catedrais; ler a narrativa dos evangelistas; a chegada dos Reis Magos, trazendo ouro e prata, mirra e incenso para louvar o messias. É um momento único da humanidade.


Natal também é saudade. Lembramos outros Natais e sentimos que faltam muitos que amamos durante a vida e deveriam estar connosco – e não estão. Guardamos a sua imagem inteira no coração e na memória.


Por último, há o Natal do amor. Um amor que não é apenas para aqueles que estão perto de nós o ano inteiro, para os que compartilham de percursos e de afetos, das alegrias e tristezas de cada dia; nem só para aqueles que têm o nosso sangue e que tratamos pelo nome, que deitam no nosso colo e passam os dedos por nossos cabelos, nem só para aqueles a quem perdidamente nos entregamos todos os dias. 


O amor, no Natal, trespassa as paredes da nossa casa, do nosso bairro e da nossa cidade – e vai estender-se e espraiar-se até junto dos pobres que não têm se quer um casebre, e vai repercutir junto aos velhinhos abandonados e solitários que já não podem sequer estender a mão para uma esmola; e vai pular as grades das prisões onde muitos choram de arrependimento pelas maldades e malfeitos cometidos; e vai, até a grande quantidade de crianças que dormem sob as marquises dos prédios do centro da cidade e não têm como pedir ao Papai Noel a prenda de um brinquedo. Natal é a maior festa da cristandade. Nasceu Jesus, que Ele fique no coração de todos nós a alimentar a esperança e a conduzir-nos por sua mão.


FELIZ NATAL

Francisco Gomes Da Costa
Presidente da Associação Luis de Camões

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