DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Anualmente no dia 10 de junho nós portugueses comemoramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo.

Embora a tendência em tempos de globalização seja a de haver cada vez menos participação popular, este ano com a pandemia global, esta participação será ainda mais sentida. As comemorações acabarão, por se restringir aos desfiles e às sessões solenes nos parlamentos

Neste dia lembramos a Epopeia de um povo, o génio de um Poeta que cantou as “armas e os varões assinalados” e a diáspora daqueles que deixaram a terra de berço para realizar em terra alheia, seus projetos de vida na esteira e na conquista de um destino melhor.

A Epopeia que começou pela fundação e consolidação do Reino, com D. Afonso Henriques; depois Aljubarrota com D. Nuno Álvares Pereira; a descoberta de novos mundos na saga dos descobrimentos marítimos com as caravelas cruzando os mares desconhecidos e vencendo o perigo das tempestades; os projetos do Brasil e do Oriente, o Império e a República, o Estado Novo e o Portugal Democrático.

Temos os que nas Artes, nas Letras e nas Ciências, se distinguiram e se foram, por seu génio e por seu talento. Evocamos Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa, Gil Vicente, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Egas Moniz, Saramago e tantos outros.

Também temos os santos e os beatificados, de Santo António aos videntes de Fátima, os que se entregaram ao ideal cristão e os que morreram por sua Fé e amaram Deus acima de tudo.

Portugal pode estar mais condicionado pelas regras de Bruxelas, pelas modas e pela globalização, mas a verdade é que o Portugal profundo, que tem alma própria e tem castelos e esferas armilares em, seus símbolos, é o Portugal que não recusa os feitos dos que o tornaram grande, que se orgulha de ter mais de 9 séculos de História e dos antepassados que nos deixaram um legado fantástico, da Língua à Cultura, da História às tradições, da coragem ao heroísmo.

Comemorar uma data tão querida de todos nós, não nos retira infelizmente algum sabor amargo, de sacrifício e dor pela perda de vidas que nos eram queridas e que a pandemia as levou.

Habituados que estamos a enfrentar dificuldades e superar crises, será necessário manter a coesão social e a solidariedade que nos é tão presente em nossos espíritos. Tudo vai passar e estaremos mais uma vez, à altura das respostas a dar e dos desafios a vencer.

Francisco Gomes Da Costa
Presidente da Associação Luis de Camões

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